Mykonos no verão: a festa nunca termina (24 hours party people)

São quase três da manhã e música alta e dançante sai de dentro de todas as casas. Andar pelas pequenas vielas de pedra é difícil, devido ao grande número de pessoas. A maioria é jovem, com menos de 30 anos, exibindo corpos bronzeados pelo sol do mediterrâneo. Muitos são gays, homens e mulheres. Caminhando por entre eles também estão famílias, crianças e idosos. O clima é alegre e divertido e a animação, parece, não vai acabar antes do próximo nascer do sol.

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Estou em Mykonos, a mais conhecida e anima das dezenas de ilhas gregas. De novo, minha estada aqui não vai passar de 24 horas e tento conciliar um pouco de diversão a reuniões de negócios e visitas técnicas.
Muitos dos turistas que invadem a ilha no verão – a população local, de cerca de 5000 pessoas, cresce para 30 mil nos meses de julho e agosto – chegam a Mykonos nos transatlânticos que ancoram aqui por um dia apenas. Os turistas chegam pela manhã, passeiam pelas vielas, compram algum souvenir grego e no dia seguinte estão em outra ilha. A maioria, entretanto, vem mesmo pela festa. Mykonos é pura curtição. À noite, Little Venice, um dos cartões postais do lugar – um grupo de casas que tem balcões voltando para o por do sol – virá o lugar da balada, com os bares servindo drinks saborosos à base de mastiha, a bebida local, feita de um planta que só cresce em uma das ilhas da região. A programação é tão intensa que alguns dos top DJs do mundo – Nick Warren, Paul Van Dyk – se revezam dia após dia.
Conhecer a vila principal de Mykonos não tem mistério. Se você chegar de barco vai desembarcar no novo porto, a cinco minutos a oeste do centro. De avião (de Atenas até aqui é pouco mais de meia hora, com aterrisagens e decolagens quase sempre turbulentas, por causa dos ventos locais) você desce no aeroporto, também cinco minutos ao norte. Uma vez no centro é só seguir o fluxo, se perder em meio à multidão e descobrir o que a cidade tem para oferecer. A vista e o por do sol é a melhor coisa, te garanto. As casinhas brancas com janelas e portas azuis, típicas de lá, se iluminam no final do dia. O melhor lugar para apreciar isto é de perto dos moinhos de vento. Você irá reconhece-los. Outro ponto da cidade que você vai cruzar é a praça principal (ou praça dos taxis, já que abriga o único ponto e todos os 20 carros de aluguel, que brigam por espaço nas vielas com turistas e scooters). É nas proximidades da praça que estão a maioria das lojas. De novo, a dica: se perca pelas vielas.
Mas a cidade é a parte urbana de Mykonos. Fora dali, a uma curta distância de carro ou moto ue você pode alugar na cidade, se espalham 33 praias com aquela água de um azul tão intenso que só o Mediterrâneo pode te oferecer. Mesmo que você esteja em um cruzeiro e vá ficar ali só por um dia, vale o esforço da visita.

Vá preparado: Mykonos não é uma cidade barata. O hotel onde fiquei foi o mais barato que encontrei e custou 150 euros a diária. Era pequeno, afastado do centro, mas charmoso e bem cuidado (recomendo o hotel: o nome é Princess of Mykonos). Um almoço na praia para três pessoas saiu também este valor e o único consumo de álcool foi de uma única cerveja. Em termos de comparação, no Best Western de Atenas a diária foi de 60 euros e os almoços não saíram mais que 25 por pessoa. Mas não deixe isto te desanimar: a Mykonos é única e não há preço que pague estar ali. Mesmo que por apenas 24 horas.

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