Dia 104
Brush Creek
30 km hoje
3580 km total
O espaço que a Ravensong mantém em Mazana é ótimo. Não cheguei a conhecê-la, infelizmente. Mas desfrutei do hostel: tomei um bom banho e dormi na única cama em meio aos colchões (o meu colchão era meio detonado, mas confesso que dormi super bem). Além de mim era apenas um casal e um section hiker acampando.
Acordei logo cedo, fiz café pra todo mundo e fui colocar o Instagram em dia: editar fotos, escrever textos, finalizar o que faltava pra, mais tarde, postar. Saí de lá logo depois das oito e fui no único comércio do lugar comprar comida pros próximos dois dias.
Levei um choque. Esperava um armazém como todos os outros que passei. Mas a loja de Mazama é das coisas mais incríveis que já vi – tão incrível que, você já deve ter percebido, fiquei tão embasbacado que não fotografei. É um armazém só com coisas orgânicas, lixo zero, comida saudável que eu não vi em nenhum outro lugar. Ramen a granel, uma padaria sensacional, tudo pinçado a mão. Caro: gastei 60 dólares, incluindo aí meu café da manhã.
E não sei se pelo excesso de café (três xícaras no hostel, um espresso duplo e outra xícara na loja) saí de lá a mil. Consegui carona no primeiro carro que passou e subi a montanha a todo vapor.
E olha, já está virando lugar comum mas talvez tenha sido a paisagem mais bonita até aqui. De tirar o fôlego. Andava, fazia uma panorâmica, andava mais um pouco, outra é assim até chegar ao topo.
A descida foi tranquila. Tinha calculado fazer 25 quilômetros, acabei fazendo 30 e parei num camping super agradável. Lavei minhas meias no riacho, lavei meus pés na água gelada, montei minha barraca e fiquei vendo os caminhantes passarem rumo ao norte. O Canadá está logo ali: 70 quilômetros e pronto.
Pronto em termos: pra mim chegando lá é hora de voltar e fazer os 600 quilômetros que faltam de Sierra Nevada…
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