Impressões Australianas

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Alguns fatos e semelhanças entre a Austrália e o Brasil:

  • Assim como o Brasil é dividido em 5 regiões geográficas, a Austrália é dividida em 5 estados: Queensland, New South Wales, Victoria, Western Australia e South Australia. Além disso se soma o também estado da Tasmânia (na verdade uma ilha, com certa independência) e vários territórios, como Northern Territory e o Australian Capital Territory, onde fica a capital Canberra;
  • Assim como os brasileiros, australiano adora cerveja. Mas para pedir uma gelada por aqui é preciso prestar atenção em qual estado você está. É que a denominação dos copos onde as cervejas são servidas varia de acordo com a região. Assim, um copo de 425 ml, o mais comum, pode ser uma schooner em Sydney ou pint em Adelaide, onde uma schooner é o copo de 285 ml  – que em Sydney é chamado de middy, em Brisbane de pot e em Darwin de handle. E se você quiser se livrar desse problema e pedir uma garrafa, para nós brasileiros tem uma complicação a mais: é que por aqui uma long neck é a cerveja grande, de 750 ml. As nossas long neck são chamadas de stubbies…
  • Assim como os gaúchos, australianos adoram churrasco. Mas por aqui nada de carvão e picanha. Churrasco australiano é quase sempre em churrasqueira a gás e com salchicha, contra-filé ou camarão – como na famosa campanha que Paul Hogan, o Crocodile Dundee estrelou nos anos 80.
  • Assim como os mineiros, australianos adoram cortar as palavras pela metade. Ou usar palavras que ninguém mais usa. Se em Minas ônibus vira “ons” e a frase ‘pode colocar o café?’ vira “pó pô pó?”, na Austrália não é diferente. Afternoon é arvo. Barbecue é barbie. A frase “What is going on?” vira simplesmente “sgoin’ on?”. E quanto a palavras que ninguém usa? Chega pra lá pra mineiro é “arreda”. Banheiro na Austrália não é toilet como nos USA nem loo, como na Inglaterra. É dunny. Abreviação também é usada na pronúncia dos nomes das cidades: CAN-bra (e não Can-BÉ-RRA), BRIS-bin (e não Bris-BÃIN), MEL-bin (e não Mel-BOUR-ne), SID-ni (e não Si-DI-ney). Claro, o país é S-tralha, e não AUS-trá-lia.
  • Assim como os cariocas, australianos adoram praia. Mas não pense em encontrar vendedores ambulantes, muito menos de biscoito O Globo ou chá mate. Cerveja na areia? Nem pensar. Mas pode deixar sua bolsa sem medo e ir pro mergulho, no mar ou nas muitas piscinas públicas coladas às praias mais descoladas.
  • Assim como a região metropolitana de São Paulo, a população da Austrália é em torno de 20 milhões de habitantes. Pra ser mais preciso era de 23,307,676 em maio de 2013, o dado mais recente. Como comparação o Brasil, pouco maior que a Austrália (somos o quinto maior país do mundo, eles o sexto), ultrapassa os 200 milhões de habitantes…
  • Assim como Brasília, Canberra, a capital australiana, também foi planejada e fica “no meio do nada”. Na verdade fica no meio do caminho entre Sydney e Melbourne, as duas principais cidades. Mas Canberra tem acesso ao mar: apesar de ser cercada por terra por todos os lados a capital é dona de um pequeno pedaço de terra com 65m2 no estado de NSW. O Jervis Bay Territory é a garantia que a capital tenha acesso ao mar, como garantido na constituição australiana.
  • Assim como Mato Grosso, a Austrália também tem seu pantanal. O Australian Wetland cobre boa parte dos estados de Queensland, New South Wales e South Australia. No entanto, não espere encontrar os pequenos jacarés-do-papo-amarelo por aqui: os crocodilos locais são bem maiores e violentos – chegam a 5,5 metros de comprimento e nadam tranquilamente tanto em águas doces quanto salgadas.
  • Assim como Tocantins tem o deserto do Jalapão, a Austrália também seu  deserto, chamado por aqui de outback. É o que todo mundo diz. Mas na verdade o outback australiano está mais para o cerrado que para deserto: a flora e a fauna são abundantes, incluindo espécies que não são encontradas em nenhum outro lugar do mundo.
  • Assim como em Natal e Genipabu dá pra fazer passeio de camelo na Austrália. Na verdade o país tem a maior população de camelos selvagens do mundo – são calculados mais de um milhão deles. O país também exporta carne de camelo para a Arábia Saudita…
  • Assim como no Pará existem minas gigantescas na Austrália. Na verdade, mineração é a principal indústria do país, com as exportações quadruplicando nos últimos 10 anos. As principais minas estão no estado de Western Australia e o país é importante produtor de ouro, ferro, níquel, urânio, prata, cobre, opal, zinco, carvão e gás natural, entre outros produtos.
  • Assim como a Amazônia, a Austrália tem um dos ecossistemas mais ricos do mundo. Mas ele fica debaixo d’água: a Grande Barreira de Corais se estende por quase toda a costa do estado de Queensland, no nordeste australiano.
  • Assim como existem muitos imigrantes europeus no sul do Brasil e japoneses no Paraná e São Paulo, imigrantes de diferentes países também adotaram diferentes cidades australianas. Em Melbourne existe a maior coletânea colônia grega do mundo – ao todo são quase 100 mil gregos morando no país. Asiáticos se estabeleceram principalmente em Sydney – a ponto do ano novo chinês ser celebrado em grande estilo na cidade.
  • Assim como pelo interior do Brasil, na Austrália é cheio de nomes de cidades que você não faz ideia de onde vem ou que significa. Acha Pindamonhagaba e Pirassununga difícil? Tente Woolloomooloo, Woolongong, Warrnanbool ou Maroochydore.
  • Assim como os brasileiros, australianos adoram um palavrão e palavras profanas. Se pra gente ‘foda’ pode ser algo muito bom ou muito ruim, ‘fuck’ é parte do palavreado local, também usado em diversas situações. E a expressão ‘Bloody hell’ – bloody é a abreviação para “By Our Lady” ou Nossa Senhora – é tão comum que foi também usada em uma campanha do Ministério do Turismo local.

E aí? Está pronto para visitar a Austrália?

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