A trilha da trilha: Johnny Mercer & The Pied Pipers – The Hills of California
(Tem episódio novo do podcast no ar. O link tá no perfil)
Tehachapi na língua da tribo Kawaiisu, que habitava o vale da região, significa “montanha difícil”. É isso que começo a fazer amanhã, quando deixar a cidade. Mas antes disso tenho uma coisa pra contar: eu pulei 8 milhas da PCT. Não fiz. Não vou fazer. Sem dor na consciência.
É que a trilha corta duas estradas que levam à cidade de Tehachapi. Primeiro na Willow Spring Road, onde parei ontem. Depois a trilha corta a Highway 58. O plano era voltar pra trilha hoje e andar esse trecho de 12 quilômetros. Mas achei melhor ficar na cidade. Ninguém vai me condenar por isso, eu acho.
Ou vai?
Os dois últimos dias foram intensos. Caminhar a noite, 60 quilômetros num dia, sol de 40 graus no outro, subidas, muita gente na trilha,
pouca água… quando acordei o sol já tava quente. Nascendo às 5 e se pondo às 8 da noite, são 15 horas de sol todo dia. E a temperatura fica em torno dos 35, 36 logo cedo.
O trecho cruzava mais um campo de energia eólica: dezenas, centenas de turbinas. Sobe morro, mais morro, mais morro… E depois desce até a única água do trecho. E sobe, sobe, sobe…
Eu segui tentando acompanhar Break Away, o coreano que se juntou ao grupo recentemente. Não vi mais nenhum dos outros todo o dia. E quando paramos na água comentei que não teria sentido acampar perto da estrada, já que estávamos tão perto da cidade.
Break Away concordou e ligamos para alguns Trail angels quando chegamos na estrada. Abel concordou em ir nos buscará nos levou pra sua casa – onde já tinha um casal de caminhantes – e passamos a noite ali. Foi ali, no deck da casa de Abel, comendo uma pizza, que decidimos não andar o próximo trecho.
Pela manhã Abel nos deixou no centro. O plano é ir para um hotel na cidade, onde reencontramos o grupo e dividimos um quarto. Hotel com piscina, claro. Pra aliviar do calor.
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