Então você chegou ao Kingsford Smith Airport em Sydney. Passou pela imigração (não parou na quarentena porque leu a dica na primeira parte deste post) e pela alfândega (também foi tranquilo porque leu a segunda parte). Agora você precisa chegar a cidade. O que significa começar a gastar seu dinheiro. Em dólar australiano…
Apesar de ser perto do centro – se você decidir ir andando, ele está a apenas 10 km das principais atrações de Sydney – chegar e sair do aeroporto não é barato. Veja: se você tomar um trem da estação central para Mascot, a estação de metrô mais próxima do terminal, vai pagar A$3.60. Para o aeroporto o preço sobe para A$15.90. Isso porque as duas estações dentro do aeroporto – International Airport e Domestic Airport – são privatizadas.
A primeira dica: o dinheiro está curto mesmo? Quero economizar estes 12.30 dólares australianos (são R$26.00)? Particularmente não recomendo, mas a dica é ir para o Domestic Airport e de lá caminhar até a estação de Mascot. São 20 minutos de caminhada, ou 1,5 km pela O’Riordan St e pegando a Bourke Rd a esquerda. Com malas, depois de viajar 24 horas, pode não ser a melhor economia do mundo. Apesar do preço salgado, a estação é literalmente dentro do aeroporto e te deixa em qualquer lugar na cidade.
Outra opção é pegar uma das vans que fazer o circuito centro-aeroporto. Partem dos principais hotéis (dali você pode caminhar até o seu) e custam em torno de A$12.00.
Transporte, como você já percebeu, é um dos responsáveis pelos salgados preços de Sydney. Os preços variam de acordo com o horário (horários de pico são mais caros) e distância. Metrô custa a partir de A$3.60 o trecho. Ônibus a partir de A$2.20.
Se ficar na cidade por uma semana ou mais vale a pena comprar um ticket que vale por um período maior. E aí começa a matemática… Tente me acompanhar. Se você for andar exclusivamente de ônibus existe o MyBus TravelTen, que dá direito a 10 viagens. Mas como eu disse, as viagens, mesmo de ônibus, variam de acordo com a distância. Existem TravelTen para 2, 5 ou 6 ou mais setores. A maioria das atrações turísticas estão nos setores 1 ou 2, então o mais barato resolve. Dez viagens de ônibus (cinco ida e volta) vão te custar A$17.60.
Vai precisar incorporar outros meios de transporte, como metrô, trem e ferry (aconselhável e você for visitar North Sydney, Manly e outras atrações)? Então sua opção é o MyMulti. De novo, varia de acordo com a distância. E desde setembro de 2013 os preços e áreas mudaram, deixando o custo mais cara para o turista. Para percorrer todo o circuito, inclusive Manly, só comprando o MyMulti3, que dá direito a ilimitadas viagens de trem, ônibus ou ferry por uma semana. O preço? Salgados A$61.00.
A segunda dica então é: encontre um apartamento que seja no centro ou perto dele. Um local onde você não precise gastar com transporte todo dia para ver as principais atrações da cidade. Existe um albergue barato em Manly? Só vale a pena se você for ficar por lá o tempo todo. O mesmo pra Bondi. Se quiser gastar pouco com hospedagem e transporte, o melhor é ficar no centro (CBD ou simplesmente Sydney – veja se o CEP do hotel ou albergue é 2000) ou em regiões como Ultimo, Chippendale, Woolloomooloo, Surry Hills e Potts Point, todas coladas no centro e às principais atrações turísticas.
Mas como pegar alguma das muitas formas de transporte público disponíveis em Sydney – ônibus, trem, metrô, balsa, bonde – vai ser imprescindível em algum momento da sua viagem, o melhor é planejar. No site 131500.com.au é possível calcular preço, tempo e rota da sua viagem. E aqui você tem uma lista de apps que pode baixar pro seu celular.
Transporte de graça
Mesmo sendo caro, é possível encontrar opções de transporte coletivo onde você não vai gastar um centavo. O ônibus 555 vai da Central Station à Circular Quay, de onde parte as balsas, a cada dez minutos, sempre pela George Street. Roda todos os dias a partir das 9 da manhã. Durante a semana o último parte as 3h30 da tarde (exceto quinta, o dia de compras e que o comércio fica aberto até mais tarde, onde o último é as 9 da noite). Nos finais de semana o 555 roda até 6 da tarde. Pra pegar o ônibus é só achar um dos vários pontos, dar sinal ao motorista e entrar pela porta da frente.
Outra opção gratuita e pouco conhecida mesmo pelos locais é o Village to Village Shuttle. Liga diferentes regiões da cidade, parando nas principais atrações e funciona apenas às quintas e sextas. Os roteiros são os seguintes:
Woolloomooloo/Redfern
Saindo de Woolloomooloo, passa pelos bairros de Potts Point, Darlinghurst, Surry Hills e Redfern, com paradas em lojas, na estação de metro de Kings Cross, no Vincent’s Hospital e na Central Station.
Woolloomooloo/Broadway
Sai de Wolloomooloo e vai à Broadway, passando pelo centro. Inclui paradas no Ian Thorpe Aquatic Centre, Sydney Fish Markets e Broadway Shopping Centre.
Redfern/Broadway via Glebe
Liga Redfern, Waterloo e Glebe com paradas no RPA Hospital, biblioteca de Glebe, Sydney Fish Markets e Broadway Shopping Centre.
Redfern/Broadway via Alexandria
Passa pelo bairro predileto dos hipsters, Newtown, com passagens pela Dank Street, Green Square, RPA Hospital e Broadway Shopping Centre.
O quadro com os horários e roteiros dos ônibus pode ser baixado aqui.
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