Dia 125 – Forester Pass
29 km hoje -4277 km total
Eu sonhava com o Forester Pass. A 4000 metros de altitude, o ponto mais alto da PCT, ele me despertava medo e fascínio. Contava os dias pra estar lá no topo, cruzar a montanha e pensar “pronto, daqui pra frente tudo vai ser mais fácil”.
Mas quer saber? Ele nem foi o mais difícil dos passes, na minha opinião. A subida é gradual e o fato de ter passado a noite quase no meio da montanha ontem ajudou bastante. Não precisei partir dos 3000 metros da base: já saí de 3200.
Não dormi direito à noite, parte por causa da ansiedade, muito por causa do frio. O verão acabou. E tô achando ótimo terminar antes do que tinha previsto.
Cheguei no topo do passe às 9:30. A vista não é mais bonita (o posto fica com Muir ou Mather Pass) mas ei, é o mais alto dos passes! E o último!
Pouco depois das duas da tarde, duas e vinte pra ser preciso, cheguei ao ponto onde, em junho, eu tinha chegado vindo do México. Oficialmente a PCT pra mim acabava ali. Numa encruzilhada meio sem graça, ao lado de um rio que nada lembrava o mesmo que eu havia cruzado meses antes.
Acampo hoje no mesmo lugar que fiquei em junho, antes de tentar o topo do Monte Whitney. Amanhã vou novamente. Durante o dia, sem neve. Espero que a experiência dessa vez seja melhor.
Ju
Fantástico seu relato !
Pena que já não tenho preparo para realizar uma investida deste porte, embora ainda faço longas caminhadas com duração de cerca de 40 dias …. 1.000 km talvez.
Mas “amo” ler sobre o assunto, ainda mais qdo o desafio é a PCT.
PARABÉNS.
Jeff Santos
Oi Ju. Valeu pelos comentários! Acompanha lá também pelo Instagram, no @distancialonga. Até e boa caminhada!