Sydney no aperto – parte 2

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Esta é a segunda parte de uma série sobre como aproveitar Sydney, uma das cidades mais caras do mundo, com pouca grana no bolso.

A primeira parte foi sobre seu visto e documentação necessária para sua entrada no país. Nesta parte dicas sobre a viagem e sua chegada.

Você comprou a passagem e providenciou o visto, mas ainda falar uma coisa que você precisa ter para chegar à Austrália: paciência. O país, pouco menor que o Brasil, é longe de tudo. No mapa a Ásia parece estar logo ali, mas um voo de Sydney a Cingapura demora 8 horas. Mesmo a Nova Zelândia fica a 3,5 horas de voo de Sydney, o destino australiano mais próximo. Ou seja: pra chegar à Austrália é preciso tempo. E paciência.

Confira sua passagem e veja qual sua conexão. Enquanto a Qantas, a companhia aérea australiana, não começar a operar voos direto direto do Brasil nenhuma opção de voo vai te deixar em Sydney em menos de 24 horas.

E vá se acostumando: em alguns casos um dia vai simplesmente desaparecer da sua vida para sempre. Não digo do tempo gasto no avião: como em algumas das rotas o voo cruza a Linha Internacional de Data pode acontecer de você pular de um segunda pra uma quarta, sem passar pela terça-feira…

As opções mais comuns são pelo sul, cruzando o Pacífico: saindo de São Paulo faz uma primeira conexão em Santiago ou Buenos Aires. A primeira opção é operada pela Lan em parceria com a Qantas. A segunda pela Aerolineas Argentinas. Já voei as duas e a segunda não recomendo nem para meu pior inimigo.

Alguns voos da Lan/Qantas tem escala em Auckland, na Nova Zelândia. Outros fazem Santiago/Sydney sem escalas. Este é o melhor voo e também o mais rápido: no total são cerca de 20 horas dentro das aeronaves, além do tempo de espera no aeroporto.

Outra opção também pelo Sul é cruzando o Atlântico e passando pela África do Sul, em um voo operado pela South African que gasta em torno de 28 horas pra chegar. Costuma ter bons preços e muitas vezes oferece a possibilidade de ficar uns dias no país africano sem custos adicionais.

Se você optar pelo norte também pode escolher entre Pacífico e Atlântico. O primeiro é operado pela American Airlines, também em parceria com Qantas. A partir de São Paulo chega-se a Los Angeles (algumas vezes com demoradas escalas em Miami ou New York). Vale para quem quer combinar com um passeio ou compras nós Estados Unidos. Lembre-se: mesmo que você só faça conexão e não planeja nem sair do aeroporto, VOCÊ PRECISA de visto americano.

A última opção é pelo Oriente Médio, com bons voos da Etihad ou Emirates passando por Abu Dabi ou Dubai! respectivamente. Os preços costumam ser competitivos e o voo mais demorado: chega fácil a 35 horas.

Qualquer que seja sua opção, prepare-se: carregue as baterias dos eletrônicos no máximo, inclusive na espera nas conexões. Leve livros, revistas e o que mais lhe entreter. A viagem vai parecer uma eternidade. E é.

O que trazer na mala

Ou melhor: o que não trazer na mala. A Austrália tem rígidas leis alfandegárias. Todos os passageiros e malas passam por raio x na chegada. Qualquer tipo de alimento é proibido, até mesmo os servidos no avião. Se estiver trazendo algum alimento industrializado para algum amigo – sim, cachaça é considerado alimento – declare. Caso contrário será uma dor de cabeça a mais.

Roupas e acessórios vão variar de acordo com a época de sua viagem. De setembro a março o tempo é quente, com temperaturas no verão chegando aos 45 graus em janeiro. Mesmo assim a noite costuma te ventos frios. O vento é justamente o problema no resto do ano. Traga algo para se proteger. A temperatura cai bastante, não chegando a passar de 15 graus no meio do ano.

A terceira parte desta série vai dizer a que veio: dicas pra aproveitar a cidade com pouco dinheiro no bolso.

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